Em uma pesquisa 82% dos proprietários de cães que utilizavam de serviços veterinários relataram que a razão pela qual elas possuíam um dog era emocional. 54% dos proprietários em outra pesquisa eram dependentes emocionais de seus animais, deste grupo, 59% dormiam na cama ou no mesmo quarto que os donos. Mais de 50% desses donos de cão fazem festa de aniversário para seus animais.
Esses proprietários foram divididos em categorias de acordo com seu comportamento em relação ao cão, não vou falar detalhadamente, apenas das características mais marcantes: grupo 1 compunha os donos que tinham os cães como fonte de amizade e afeição, o grupo 2 gostava dos cães, mas desconheciam completamente os comportamentos naturais dos cães sendo passivos na educação deles, o grupo 3 tratava os cães como objetos de valor, preferem não castrar e são preocupados com a estética, o grupo 4 são dos insatisfeitos porque ganharam ou aceitaram o cão de outra pessoa da família em casa, por fim os entusiastas fecham a conta com o grupo 5 parecido com os primeiros, mas sem depender emocionalmente dos animais.
Em cada um desses grupos havia pouco ou nenhum entendimento do que é o cão como espécie, havia apenas a motivação e a relação antropomorfizada para se ter e manter um cão. Interessante é que TODOS esses grupos CONSIDERAM A IDEIA DE ABANDONAR O CÃO por alguma razão. Isso nos leva a outro dado interessante sobre o prejuízo recaído sobre os cães: o abandono.
Apenas 38% dos proprietários de cães mantém seus bichos a longo prazo. Há uma estimativa de milhões de dogs abandonados anualmente, mais da metade dos cães de abrigos possuíam dono. A razão número 1 para desistir de um animal são problemas de comportamento, e 70% desses casos terminam na morte dos animais, número que ultrapassa a morte pelas doenças infecciosas combinadas.
As taxas de adoção ou transferência para lares temporários dos abrigos são de 19%, 15% dos cães são requeridos pelos donos porque se perderam e, pasmem, 66% dos cães tem como destino serem sacrificados ou esquecidos.
A escolha de ter um cão permeada pela emoção apenas é a receita do fracasso, é quando estamos olhando mais para nós do que para o outro ser vivo sob nossa responsabilidade, essa decisão é produto do nosso egoísmo e das nossas ausências. Decidir por um cão, é decidir pela responsabilidade de aprender sobre uma espécie diferente da sua em todos os aspectos. Escolher ter um cão é escolher um novo estilo de vida. acreditar que adição de cachorro deixará sua vida como era antes dele é enganar a si mesmo. Um cão é uma vida. Um cão é um cão e ele precisa de coisas que pertençam a sua vida canina, coisas que conversam com a suas necessidades animais. Para saber qual tipo de relação você tem com o seu cachorro e para saber se ele desfruta de bem estar e plenitude, uma pergunta se faz necessária: você sabe o que é o seu cachorro?.
Responder honestamente é o primeiro passo para agir em direção da mudança ou da constância depende da sua honestidade. Como você vê seu cão é como você o trata. Seu cão tem oportunidades para ser cão ou é seu brinquedo emocional?